terça-feira, 8 de setembro de 2009

GUITARRA ACÚSTICA OU VIOLÃO: fonte wapedia.

Uma guitarra acústica é uma guitarra que usa apenas métodos acústicos para projetar o som produzido pelas suas cordas. O termo é um retrónimo, ou seja, um termo que foi forjado depois de o termo inicial ter ganhado outro significado. Com o advento da guitarra elétrica houve necessidade de um novo termo que definisse a guitarra não-eletrificada.

1. Produção sonora


Em todos os tipos de guitarras o som é produzido pela vibração das cordas. No entanto, como as cordas conseguem deslocar apenas uma pequena massa de ar, a intensidade do som necessita ser aumentada para ser ouvida. Na guitarra acústica isso é realizado usando uma caixa de ressonância. O corpo da guitarra é oco. As cordas a vibrar poem o tampo harmónico a vibrar também através do cavalete. O tampo harmónico possui uma área maior, e consequentemente produz um som mais intenso do que as cordas isoladas.

À medida em que o tampo harmónico vibra, ondas sonoras são produzidas tanto na face anterior como na face posterior. A caixa de ressonância fornece tanto um suporte físico para o tampo harmónico como também uma cavidade ressoadora e refletora para as ondas sonoras produzidas na face posterior do tampo harmónico. O ar nesta cavidade, com os modos de vibração da corda, aumentam a intensidade do som novamente. As costas da guitarra também vibram (embora em menor escala) devido ao ar no interior da cavidade. Parte do som é projetado através da abertura no tampo harmónico[1] (alguns tipos de guitarra acústica prescindem desta abertura, ou têm aberturas em “ƒ” similares ao violino). Este som mistura-se com o som produzido pela face anterior do tampo. O som resultante é uma complexa mistura de harmónicos que dão à guitarra o seu som característico.

Nenhuma amplificação ocorre neste processo, no sentido em que nenhuma energia é adicionada externamente para aumentar a intensidade do som (como seria o caso com um amplificador elétrico). Toda a energia é fornecida apenas pela intensidade do dedilhar das cordas. A função de todo o sistema acústico é maximizar a intensidade do som. Existe uma manutenção da energia total, mas às custas de um desvanecimento sonoro. Uma guitarra sem amplificação natural (sem caixa de ressonância) terá uma intensidade sonora mais fraca mas as cordas vibrarão por mais tempo, de um modo similar a um diapasão.


1. 1. Amplificação


Uma guitarra acústica pode ser amplificada usando váriostipo de fonocaptadores ou microfones. Os tipos mais comuns de fonocaptadores usados para a amplificação da guitarra acústica são os captadores de pressão (piezo pickups) e os captadoes magnéticos. Os captadores de pressão estão geralmente montados no cavalete e podem depois ser ligados a uma mesa de mistura ou um amplificador. Os captadores magnéticos estão geralmente montados na boca e são bastante similares aos captadores das guitarras elétricas. Os captadores magnéticos são mais eficazes apenas com as cordas de aço.

Quando uma guitarra acústica é eletrificada de origem costuma ser chamada de “guitarra eletro-acústica” (comparar com guitarra semi-acústica e guitarra elétrica).


2. Construção


Para as características comuns a toda a famíli a de instrumentos, ver o artigo guitarra

A guitarra acústica possui diversas características em comum com todas as outras guitarras. A principal diferença em relação à guitarra elétrica é a caixa de ressonância, que permite sua execução sem a necessidade de amplificação elétrica. Ainda assim, pode-se amplificar esses intrumentos com o uso de microfones externos ou colocados junto às cordas.


3. Tipos

As guitarras acúsitcas (desde as mais antigas até às mais modernas) são extrememente variadas na sua conceção e construção, muito mais que as gu itarra s e létricas. Algumas das variedades mais usadas são a guitarra clássica (ou violão) e a guitarra folk. É dada uma lista abaixo (não exaustiva), para mais pormenores, consultar cada um dos artigos:

3. 1. Guitarras com cordas de nylon ou de tripa


Ilustração de uma vihuela de mano, do livro “El maestro” (1536)

3. 1. 1. Guitarra renascentista

É a guitarra do período do Renascimento, com cordas de tripa. De tamanho menor que a guitarra atual, tinha um corpo mais estreito e a curvatura das ilhar gas era menos acentuada, formato que sensivelmente se manteve até o séc. XIX. Possuía quatro ou cinco ordens de cordas duplas. Ver também vihuela.

Pintura mostrando uma guitarra barroca (1670)

3. 1. 2. Guitarra barroca

É a guitarra do período barroco, com cordas de tripa. Possuía cinco ordens de cordas duplas.

Guitarra do início do séc. XIX.

3. 1. 3. Guitarra romântica

É a guitarra do período romântico, com cordas de tripa, precursora direta de todas as guitarras modernas. No fim do séc. XVIII, as cordas passaram a ser simples e foi adicionada uma sexta corda, mais grave. Em meados do séc. XIX, o construtor Antonio Torres modificou o formato da caixa, tornando-a maior e mais cintada.

Guitarra clássica

3. 1. 4. Guitarra clássica (violão)

Uma versão moderna da guitarra original, desenvolvida em Espanha, com cordas de nylon, cabeça com carrilhões, tampo harmónico plano geralmente em cedro, escala mais larga e junção da manga com o corpo na 12.ª escala.

Violão de sete cordas

3. 1. 4. 1. Violão de sete cordas

É versão de sete cordas da guitarra clássica.

Guitarra de flamenco

3. 1. 5. Guitarra de flamenco

É parecida com a guitarra clássica, mas possui madeiras mais claras (por exemplo, cipreste) e um protetor de tampo para permitir a percussão rítmica com os dedos, característica deste género musical.

Duas guitarras orquestrais:
guitarra prime e guitarra baixo

3. 1. 5. 1. Guitarras orquestrais

É um conjunto de quatro tamanhos — alto (afinada uma quinta acima), prime (mesmo tamanho e afinação que a guitarra clássica), baixo (afinada uma quarta abaixo) e contrabaixo (afinada uma oitava abaixo) — desenvolvidas por algumas marcas (Niibori Original Guitars, Aria Ensemble Guitars) para usar as quatro guitarras em ensemble.

3. 1. 5. 2. Violão baixo

É versão baixo, com quatro cordas de nylon, afinadas uma oitava abaixo das quatro cordas mais graves da guitarra clássica.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

GUITARRA ELETRICA.

A guitarra elétrica um instrumento musical pertencente à família das guitarras, cujo som é sempre amplificado eletronicamente. É um Instrumento de cordas (ou cordofone), ou seja, o som é produzido manualmente pela vibração das cordas como no violão, porém é transformado em sinal elétrico devido a ação de captadores magnéticos (na maioria dos modelos).

Os sinais elétricos podem ser simplesmente amplificados e emitidos por um alto-falante que converte os sinais elétricos em ondas sonoras, ou pode ser modificado antes de ser novamente convertido em som pelo alto-fa lante.

Por sua potência sonora e pela possibilidade de alteração eletrônica de diversas características de seu timbre, as guitarras elétric as são utilizadas principalmente no rock, música pop, blues e jazz, podendo ser encontradas ainda em outros gêneros musicais.

Modelos de Guitarras

Guitarras Maciças
São guitarras de construção maciça, não possuem caixa de propagação acústica, seu som natural é pouco intenso. São preferidas por músicos que necessitem adicionar efeitos sonoros (principalmente distorção) e tem seu uso mais realizado para produção de músicas dos estilos e derivados do rock como o heavy metal. Os modelos mais conhecidos entre as guitarras maciças são as Fender Telecaster e Stratocaster, as Gibson Les Paul, bem como as guitarras Ibanez, Jackson, Washburn, muito utilizadas no Heavy metal.

Guitarras Semi-acústicas

São guitarras que possuem caixa de propagação acústica, seu tamanho é relativamente maior que as maciças e seu som natural também é mais intenso. A abertura acústica pode causar influência na captação elétrica dependendo do tipo do captador usado (maior influência com captadores passivos e menor, ou nenhuma com captadores ativos. São guitarras mais usadas sem a adição de efeitos e são preferidas por músicos na produção de músicas Jazz e Blues tradicional.

Capturadores macneticos
A maioria das guitarras atuais utilizam captadores desta natureza. O captador de guitarra tem função de transformar as ondas mecânicas produzidas (o som), principalmente produzidas por cordas, em ondas elétricas. Existe uma grande quantidade de tipos e qualidades de captadores no mercado, eles são habitualmente classificados levando em conta suas características técnicas: Quanto a alimentação: captadores ativos e captadores passivos; Quanto ao número de bobinas: captadores simples (single-coils) e captadores duplos (humbuckings) ou quadruplos(quad-rail); ou ainda quanto ao material magnético: captadores cerâmicos e captadores de alnico;

Captadores Passivos

Não necessitam de alimentação (fonte de energia elétrica) para funcionarem. Apresentam grande integração com os demais materiais da guitarra. Enorme variedade de timbres e qualidades. Em maioria são de alta impedância e captam interferências diversas com facilidade.

Os Captadores são na verdade uma bobina, ou seja, consistem de magnetos enrolados por um fio(chamado de coil, bobina) criando assim o campo magnético que é perturbado pelas cordas de metal ao vibrarem em frequencias diferentes, tal perturbação no campo magnetico gera o impulso elétrico que mais tarde é convertido em som(onda mecânica).

domingo, 6 de setembro de 2009

- Dicas sobre música, teoria musical e instrumentos ::

Dicas sobre música, teoria musical e instrumentos ::: "Baixo Elétrico
Por wikipedia.org

O baixo elétrico, chamado também de contrabaixo elétrico, viola baixo ou simplesmente baixo é um instrumento de cordas semelhante a uma guitarra elétrica maior em tamanho e com um som mais grave. A evolução do contrabaixo acústico, é utilizado por diversos gêneros musicais modernos.

O baixo elétrico, tradicional e popular que a maioria das bandas de rock usam, é muito similar a uma guitarra elétrica, mas com o corpo maior, um braço mais longo e uma escala mais extensa. Em geral, os baixos elétricos mais comuns possuem quatro cordas, e estas são afinadas, tradicionalmente, da mesma maneira que os contrabaixos de orquestra, sendo as mesmas notas que as quatro cordas finais de uma guitarra (i.e. Mi, Lá, Ré, e Sol), mas cada uma destas cordas são afinadas uma oitava mais graves, em tom, do que a guitarra.

A fins de evitar o uso excesivo de linhas suplementares inferior na pauta da partitura, a notação musical do baixo/contrabaixo é feita na clave de baixo (em Fá) e a anotação, em si, das notas musicais deve ser feita em transposição de uma oitava acima, relativamente ao som que o baixo deve emitir. Isto é, o som do baixo quando lendo de uma partitura para baixo, vai soar uma oitava mais grave do que as notas escritas na pauta. similarmente a uma guitarra, para se tocar o baixo elétrico com seu potencial sonoro total, este é conectado a um amplificador específico para contrabaixos; isto é essencial para as apresentações ao vivo, uma vez que o som do baixo elétrico sem amplificação é demasiadamente baixo por via dele ter um corpo sólido.

Características e história

Nos anos 50, o grande problema dos contrabaixistas da época era o transporte de seu instrumento, delicado (por ser feito de madeira) e extremamente pesado, até que no ano de 1951 um técnico em eletronica de 42 anos chamado Leo Fender criou o baixo elétrico. O instrumento, batizado de Precision, ficou rapidamente conhecido como Fender Bass. Seu modelo era mais dinâmico e diferente do que o modelo do contrabaixo classico.

O primeiro baixista a se apresentar com o Precision foi William 'Monk' Montgomery (irmão mais velho do guitarrista virtuose Wes Montgomery) em tunês ao vivo com a banda de jazz de Lionel Hampton. Bill Black, que tocava baixo na banda de Elvis Presley, adotou o Fender Precision em 1957.

Como na guitarra elétrica, as vibrações nas cordas causam um sinal elétrico a ser criado nos captadores, que são amplificados e reproduzidos por meio de um amplificador. Vários componentes elétricos e configurações do amplificador podem ser usadas para alterar o timbre do instrumento.

Design

Um baixo Steinberger sem cabeça. Por: Ned SteinbergerO baixista atual tem um amplo campo de escolha para seu instrumento, como por exemplo:

Número de cordas (e afinação):

Como o modelo original de Leo Fender, que tinha 4 cordas afinadas em GDAE, ou algumas vezes em GDAD)

Cinco cordas (geralmente GDAEB, podendo em alguns casos ser CGDAE)

Seis cordas (geralmente CGDAEB, mas EBGDAE também tem sido usado)

Mais de 6 cordas envolvendo cordas semelhantes as de uma guitarra.

Baixo Tenor - CGDA

Baixo Piccolo - GDAE (uma oitava acima da afinação normal)

Captadores:

Os antigos baixos tinham apenas um captador magnético simples. Atualmente pode-se encontrar:

Captação ativa ou passiva (circuitos ativos usam uma bateria para aumentar o sinal)

Mais de um captador, dando uma variação de tons maior

Captadores em posições diferentes, como mais perto da ponte ou do braço do instrumento

Sistemas não magnéticos, como piezos ou sistemas Lightwave, que permitem ao baixista usar cordas não metálicas

Formato e cor do instrumento:

Existem diversas opções de cor, desde a cor da própria madeira do instrumento a efeitos visuais muito interessantes

Diferentes formatos de corpo (que afetam a maneira de tocar)

Com ou sem mão (nos modelos sem mão, a afinação é feita na ponte)

Trastes:

Com trastes (fretted) - como a maioria das guitarras

Sem trastes (fretless) - como a maioria dos contrabaixos acústicos

Partes do Baixo elétrico
http://www.adorando.com.br/novo/img/Noticias/baixonot.jpg
Técnicas


Técnica no qual as notas são extraídas de um instrumento de cordas de forma parecida ao de um piano, batendo nas cordas com as pontas dos dedos nas notas que se deseja executar. Quando são utilizadas ambas as mãos recebe o nome de two-hands tapping, sendo na guitarra popularizada por Eddie Van Halen.

Slap

A técnica tem sua criação atribuída a Larry Graham, que se não foi o inventor, seguramente foi que primeiro a popularizou.

O slap, que Graham chama de 'thumb and pluck' Consiste em percutir e puxar as cordas usando o polegar e os outros quatro dedos da mão direita (ou esquerda, para canhotos) obtendo uma sonoridade estalada e metálica, sendo uma das mais complexas técnicas de execução no contrabaixo elétrico.

Pizzicato

O pizzicato é a técnica que normalmente se usa para tocar, dedilhando-se, com a alternância de dois, três ou quatro dedos, as cordas. Vem sendo utilizada há alguns séculos no jazz e na música erudita, mas de uma maneira diferente: enquanto nas orquestras o pizzicato é apenas um 'beliscão' na corda, normalmente feito com um só dedo, e no jazz utiliza-se uma pegada diferente, colocando-se o dedo quase que paralelo a corda e com isso gerando um som mais 'encorpado'.

Em 1911, Bill Johnson, que tocava contrabaixo (com arco) na Original Creole Jazz Band, teve o arco quebrado. Não tendo outro à mão, Bill tratou de tocar dedilhando as cordas com os dedos da mão direita. O resultado agradou tanto que desde então usa-se muito pouco o arco para tocar esse instrumento no jazz. O método mais comum de execução desta técnica é usando os dedos indicador e médio para atacar as cordas, podendo-se utilizar também o anelar (muito usado em músicas rápidas, como o heavy metal) e o dedo mínimo. Alguns poucos contra-baixistas usam o polegar para cima e para baixo, como uma palheta.

Palheta

Principalmente no hard rock e no punk rock, é comum os baixistas trocarem o pizzicato pela palheta, fazendo com que o som fique mais estalado e agudo. Normalmente, usa-se uma palheta mais grossa do que na guitarra de 2 a 3 milímetros.

Fretless

Características

Fretless ('sem traste') é o nome na língua inglesa para o contrabaixo sem os trastes, estes 'ferrinhos' que dividem o braço do instrumento em semitons. Contrabaixo sem traste é comum tanto entre os contrabaixos clássicos (que fazem parte da seção dos instrumentos de cordas em uma orquestra), como pode também ser encontrado entre os baixos elétricos (os modelos desta matéria), e também como na versão dos contrabaixos de orquestra que são eletrificados (com sua grande caixa acústica eletrificada com captador).

Um baixo fretless e suas cordas; note as marcações ao lado do braço para auxiliar o músico a encontrar o tom da nota corretamente.

Técnica

A técnica para fretless é bem diferente do contrabaixo acústico e muito semelhante ao baixo, tocando-se com dois, três ou quatro dedos da mão direita. Seu som produz um sustain longo e pronunciado e tem um timbre parecido com o do acústico. Para estilos musicais mais vintage ou folk, costuma-se utilizar cordas flatwound e para funk e ritmos mais modernos a partir dos anos 80, cordas roundwound, onde pode se aplicar também o slap em lugar do pizzicato.

Por se tratar de um instrumento não temperado, sem trastes para definir a altura das notas na escala, a técnica consiste em treinar o ouvido pra que as notas saiam afinadas, e aumentar a precisão dos dedos da mão esquerda para que o som saia mais limpo, além de se manter um vibrato eficiente que prolongue o som da nota."

A História do Contra Baixo Elétrico


A HISTÓRIA DO CONTRA BAIXO ELÉTRICO.
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Como na guitarra elétrica, as vibrações nas cordas causam um sinal elétrico a ser criado nos captadores, que são amplificados e reproduzidos por meio de um autofalante. Como na guitarra elétrica, as vibrações nas cordas causam um sinal elétrico a ser criado nos captadores, que são amplificados e reproduzidos por meio de um autofalante. Vários componentes elétricos e configurações do amplificador podem ser usadas para alterar o timbre do instrumento...

O primeiro baixo-elétrico a ser produzido em massa foi desenvolvido por Leo Fender, o conhecido fabricante de guitarras. A mudança do formato do instrumento, para algo parecido com uma guitarra e a utilização de trastes facilitaram seu uso. O primeiro Fender Precision Bass foi vendido em 1951. Outro modelo lendário, o Fender Jazz Bass foi lançado em 1960.
Em seguida, outras companhias como a Gibson, a Danelectro e várias outras começaram a produção de seus modelos próprios de baixos elétricos. Isso permitiu aos baixistas variar os sons e o visual para adequar às suas bandas. Este trabalho continuou, e muitas outras companhias e luthiers continuaram o trabalho de Leo Fender.
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Até os anos cinqüenta, sempre que um baixista arrumava um trabalho, era sempre o mesmo drama para carregar um gigante de madeira, desajeitado e pesado, até o local do show. Se fosse em outra cidade, o risco que todos os músicos correm até hoje: o descaso dos funcionários do trem, ônibus, navio ou avião com o transporte da bagagem. Sobrevivendo à viagem, havia ainda o problema do volume um tanto discreto do instrumento não microfonado, bem como execução e entonação do contrabaixo, com sua longa escala sem trastes e cordas. Foi então que um homem mudou para sempre o mundo da música dando ao contrabaixo um status até então desconhecido. Leo Fender, um técnico em eletrônica de 42 anos do sul da Califórnia, lançou, no fim de 1951 o mais revolucionário instrumento musical do século XX. Inspirado na guitarra elétrica Telecaster, a primeira de corpo sólido com características contiporâneas, que ele colocara no mercadoapenas um ano antes, Fender criou a guitarra baixo elétrica, ou simplesmente baixo elétrico.

Batizado Precision (pelos trastes em sua escala de 34 polegadas que permitiam precisão nas notas), o instrumento rapidamente tornou-se conhecido entre os músicos, passando a ser chamado por eles de Fender Bass por algum tipo. O tamanho da escala, considerado ideal até hoje, foi escolhido após muitas pesquisas e testes de erro e acerto por Leo e seu companheiro, George Fullerton. As escalas de 30 polegadas não permitiam que a corda vibrasse o esperado para produzir um bom som e a de 36 polegadas dificultava o músico, pelo tamanho das casas. Seu desenho era arrojado e totalmente diverso do contrabaixo tradicional, assim como das tentativas fracassadas feitas anteriormente por Ampeg, Gibson, Audiovox e Regal. Seu corpo era feito em ash, com dois recortes, para permitir o acesso às notas mais agudas. O braço, em maple, era fixado ao corpo por quatro parafusos. As tarraxas Kluson se alinhavam em um só lado da mão e o som era transmitido a um captador em Alnico (liga de alumínio, níquel e cobalto), com controles de volume e tonalidade.
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O Fender Bass era ligado a um amplificador desenhado especialmente por Fender para reproduzir as freqüencias mais baixas dos instrumentos, o Bassman Amp, lançado na mesma época. O baixo elétrico nasceu pronto, si que fosse necessária nenhuma evolução, ao contrário das constantes mudanças ocorridas com a guitarra, o órgão e até mesmo a bateria. Se você tiver curiosidade de comparar o Fender Precision 51 com um modelo atual, verá que as modificações feitas foram meramente cosméticas ou ocasionadas pelo natural desenvolvimento tecnológico, si alterar a concepção inicial. Não houve, na verdade, um protótipo, mas um modelo perfeito e definitivo. Convidado por Leo Fender a visitar sua fábrica e experimentar o Precision Bass, o baixista William 'Monk' Montgomery (irmão do guitarrista virtuose Wes Montgomery) foi um dos primeiros a divulgar o novo instrumento pelos EUA e Europa.

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ESTE É UM BAIXO DE HOJE COM CAPTAÇÃO ATIVA.